Alegria e brilho nos olhos estamparam o rosto dos estudantes que apresentaram os seus projetos na sexta edição da QITEC 2022, ocorrida nesta sexta-feira, 8 de julho, na FAQI Gravataí. Mais de 350 pessoas circularam pela feira na qual foram expostas ideias e soluções inovadoras elaboradas por estudantes para responder aos desafios reais do dia a dia e gerar impacto social.
A partir desta edição, a QITEC passa a ser considerada uma feira Internacional, credenciada à Solacyt (Sociedad Latinoamericana de Ciencia y Tecnologia) e passa a ter uma vaga direta na final de alguma das suas edições latino-americanas (Colômbia, Equador, Peru ou México). Das 92 ideias inscritas, 35 foram expostas na QITEC e disputaram vagas na Mostratec e Infomatrix Brasil. Dentre elas, 26 eram de autoria de estudantes da QI, seis de estudantes de outras escolas técnicas da Região Metropolitana de Porto Alegre e três de escolas públicas dos municípios de Gravataí, Viamão e Santo Antônio da Patrulha.
Pela primeira vez, desde 2017, a QITEC acolheu a participação de projetos oriundos de outras instituições. A novidade faz parte da iniciativa Abraçando com Ciência, que busca “abraçar” as escolas públicas da região do Vale do Gravataí. Os projetos selecionados garantiram, nesta edição, medalhas de primeiro, segundo e terceiro lugar e obtiveram classificação para a Infomatrix 2022, além disso os professores e estudantes passarão a receber mentoria do Centro de Pesquisa Joseph Elbling a fim de transformar as ideias em projetos científicos.
Esta edição também teve, pela primeira vez, uma categoria para pesquisadores com idade acima de 40 anos. A iniciativa faz parte do projeto Jovem Cientista Master, parceria da QI Faculdade e Escola Técnica com a Infomatrix Brasil e a Solacyt (Sociedad Latinoamerica de Ciencia y Tecnologia), que tem como objetivo iniciar um movimento nacional para a inclusão de pesquisadores acima de 40 anos no universo da pesquisa. A intenção é que outras feiras de ciência, que tradicionalmente limitam as inscrições aos 25 anos, incorporem essa categoria. Integrante da categoria Jovem Cientista Master, a autora do projeto “Ikigai e a inclusão das pessoas 40+ no mundo da pesquisa”, Onélia Massirer, de 45 anos, conquistou uma vaga na Infomatrix Brasil 2022. “Pessoas acima de 40 anos muitas vezes acreditam que não são capazes de buscar algo melhor e param no tempo”, destacou a estudante do curso Técnico em Vendas na QI de Caxias do Sul.
Daniel Maier dos Santos ficou entre os primeiros colocados com o projeto Neuroplasticidade e teste WHOQOL como tratamento para displasia cerebral em decorrência da neurofibromatose do tipo 1. O estudante do curso Técnico em Recursos Humanos, da QI Gravataí, teve o seu irmão portador da neurofibrose do tipo 1, como principal motivação para a concepção do projeto. Com apenas 18 anos, revela com convicção os seus planos para o seu futuro profissional e acadêmico: “Meu objetivo agora é levar o projeto a frente, me formar em medicina e seguir na área de neurologia”.
Houve também espaço para a consciência social. Morgana Scharb, de 16 anos, recebeu o terceiro lugar pelo projeto Aconchego nas ruas frias de Caxias, que propõe a confecção de colchões feitos com caixa de leite e retalhos de tecido revestidos com uma lona impermeável. “A ideia surgiu quando troquei de escola e percebi a presença de moradores de rua que estavam expostos ao frio”, afirmou a estudante do curso Profissional QI, de Caxias do Sul.
Em 2020, Erika Fernandes da Silva, de 21 anos, tocada pelas notícias das queimadas em florestas, decidiu criar uma forma lúdica de conscientizar estudantes acerca dos problemas ambientais e projetou um jogo de tabuleiro que serve como apoio educacional para escolas e professores. O projeto “Equilibrium, um jogo educacional sobre equilíbrio ambiental” rendeu à estudante do curso Técnico em Administração da QI Assis Brasil (Porto Alegre), a classificação para a Infomatrix Brasil 2022.
Neste ano, o evento aconteceu em formato Multifeira e contou com uma programação paralela à apresentação dos projetos. A Biblioteca Paulo Fink se transformou em um espaço lúdico, onde foram promovidas atividades de integração, como jogos de tabuleiro, jogos de baralho e games retrô, além das oficinas de RPG e truco. Houve ainda a realização de ações educativas relacionadas aos cursos da QI, como uma “caça ao tesouro” com dicas em inglês e palestras sobre cibersegurança e sobre os caminhos profissionais da enfermagem.
Houve também um ranking para premiar as escolas que mais se destacaram. A Unidade QI Caxias do Sul obteve o primeiro lugar, seguida por Canoas em segundo e Alberto Bins (Porto Alegre) em terceiro. Gravataí e Esteio ocuparam a quarta e a quinta colocação respectivamente.
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